O Jornal A4 estava preparando a nova edição para o dia 22/03, quando ontem (18/03) escutei a decisão do nosso coordenador Trevisan, em nome dos professores de Arquitetura sobre a falta de transporte aos professores na Assembléia: paralisação!
Para todos aqueles que ainda estavam meio perdidos no problema atual, e não terão acesso a nova edição do jornal, faço um breve resumo através do que eu procurei saber com professores e alunos.
Há algum tempo atrás os professores recebiam 2 horas/aula por mês como auxílio transporte, eles poderiam vir de ônibus, carro, bicicleta, caminhão, enfim, qualquer alternativa que conseguisse ficar dentro desse bônus salarial. Um belo dia lhes é dito que esse auxílio não era previsto em lei, e como não podiam mais receber essas 2 horas, fariam parte de um contrato com um ônibus, que seria encarregado por levarem eles para a Universidade.
Esse acordo nunca foi muito bem explicado, e como fecharam esse contrato também não. Só se sabe é que o contrato acabou e por alguma razão não foi renovado. Foi triste sentir a decepção dos nossos professores, no seu modo de falar no assunto, ou no bom dia desanimado que alguns me deram ao tentar me deixar mais a par do que aconteceu.
Temos ótimos professores que nos julgam ótimos alunos, e é essa a principal motivação de muitos deles, gostar de ensinar e participar do amadurecimento dos bons alunos que eles encontrarão na nossa Universidade, a UEG. O que me deixou desconcertada foi perceber que muitos alunos não apoiavam a decisão de paralisação, me caiu à ficha de quem nem todos pensam como eu: Temos professores buscando sempre qualificação que não podem simplesmente pagar para trabalhar, ou trabalhar em condições muito ruins.
Outro ponto foi perceber que fiquei cansada de ver que todos os assuntos levantados em assembléias são direcionados á greve geral. Já começaram a discutir aumento de salário, criação de salas de aulas e para melhor decidir como reivindicar tudo isso queriam adiar a decisão da arquitetura. Concordo com o professor Trevisan nesse ponto: A questão geral é a incapacidade da maioria dos professores de vir à Anápolis dar aulas, se não houver paralisação os alunos vão vir e não vão ter o que fazer. Uma vez paralisados, pode-se colocar em pauta essas outras questões como barganha de encerramento da ‘greve’.
Acho que podemos usar da falta de transporte dos professores para tentar conquistar outras coisas, mas não acho que elas deveriam liderar a reinvidicação. O ponto é básico, iríamos continuar assistindo algumas aulas, perdendo outras por falta de professores até que todos os cursos concordassem em fazer uma greve geral e abrangente no quesito: problemas da UEG. Acredito que temos em mãos uma grande oportunidade de chamar atenção da IMPRENSA e da população para uma Universidade sem alguma regência inteligente. Tenho CERTEZA que a UEG de Trindade passa por muitas outras tribulações além de: Falta de Luz e Falta de cadeiras, mas foi através desses dois problemas que tiveram uma atenção da população voltada para eles. O mesmo pode ser feito na UEG, usar de isca esse problema para mostrar em época de eleição que esse jogo de governos estúpidos está acabando com a chance de o Estado representar algo além de agroindústrias para o mundo.
Enfim, reconheço que sei muito pouco sobre o assunto, mas eis minha opinião. Os alunos deveriam pensar que um dia seremos nós, trabalhadores qualificados que vamos desejar ter reconhecimento naquilo que decidimos nos empenhar, portanto a última coisa que pretendo é julgar o comportamento de nossos professores, pois eu consegui sentir sua decepção e entender seu constrangimento em meio a essas eternas crises de baixo-péssimo que temos. Claro que essa paralisação é de interesse deles, e claro que a arquitetura tendo maior número de professores de Goiânia ficou a frente disso. Cabe a nós pelo menos um pouco de compreensão, e aproveitar que temos professores empenhados para conseguir voz diante do governo e fazer com que nos escutem também.
Utópico? Ainda bem que a classe estudantil sempre se renova. Se não seríamos um grupo de pessoas conformadas que sempre seguiriam cegamente grupos estudantis que se julgam muito sábios em relação a como melhor criticar e criticar sem fim. Precisamos de saídas e comportamentos inteligentes. Extremismos, como eu vi na assembléia, do lado dos alunos ou professores só geram mentes alienadas que tomam decisões meio desajustadas e nunca ganharão força o suficiente para conseguir ter razão em debates públicos.
Agradeço desde já o pouco do esclarecimento recebido por meus exemplos de professores e alunos. E espero que contribuam com críticas, desejo me esclarecer mais, um ajudando o outro, com idéias que se complementam ou batem de frente umas com as outras. Afinal, somos alunos, sempre aprendendo e se renovando uns com os outros. É pra isso que o JORNAL A4 serve, para dar voz a TODAS as opiniões, COMPARTILHE A SUA: Se posicione contra ou a favor do que escrevemos aqui! Compartilhe, Contribua!
Para todos aqueles que ainda estavam meio perdidos no problema atual, e não terão acesso a nova edição do jornal, faço um breve resumo através do que eu procurei saber com professores e alunos.
Há algum tempo atrás os professores recebiam 2 horas/aula por mês como auxílio transporte, eles poderiam vir de ônibus, carro, bicicleta, caminhão, enfim, qualquer alternativa que conseguisse ficar dentro desse bônus salarial. Um belo dia lhes é dito que esse auxílio não era previsto em lei, e como não podiam mais receber essas 2 horas, fariam parte de um contrato com um ônibus, que seria encarregado por levarem eles para a Universidade.
Esse acordo nunca foi muito bem explicado, e como fecharam esse contrato também não. Só se sabe é que o contrato acabou e por alguma razão não foi renovado. Foi triste sentir a decepção dos nossos professores, no seu modo de falar no assunto, ou no bom dia desanimado que alguns me deram ao tentar me deixar mais a par do que aconteceu.
Temos ótimos professores que nos julgam ótimos alunos, e é essa a principal motivação de muitos deles, gostar de ensinar e participar do amadurecimento dos bons alunos que eles encontrarão na nossa Universidade, a UEG. O que me deixou desconcertada foi perceber que muitos alunos não apoiavam a decisão de paralisação, me caiu à ficha de quem nem todos pensam como eu: Temos professores buscando sempre qualificação que não podem simplesmente pagar para trabalhar, ou trabalhar em condições muito ruins.
Outro ponto foi perceber que fiquei cansada de ver que todos os assuntos levantados em assembléias são direcionados á greve geral. Já começaram a discutir aumento de salário, criação de salas de aulas e para melhor decidir como reivindicar tudo isso queriam adiar a decisão da arquitetura. Concordo com o professor Trevisan nesse ponto: A questão geral é a incapacidade da maioria dos professores de vir à Anápolis dar aulas, se não houver paralisação os alunos vão vir e não vão ter o que fazer. Uma vez paralisados, pode-se colocar em pauta essas outras questões como barganha de encerramento da ‘greve’.
Acho que podemos usar da falta de transporte dos professores para tentar conquistar outras coisas, mas não acho que elas deveriam liderar a reinvidicação. O ponto é básico, iríamos continuar assistindo algumas aulas, perdendo outras por falta de professores até que todos os cursos concordassem em fazer uma greve geral e abrangente no quesito: problemas da UEG. Acredito que temos em mãos uma grande oportunidade de chamar atenção da IMPRENSA e da população para uma Universidade sem alguma regência inteligente. Tenho CERTEZA que a UEG de Trindade passa por muitas outras tribulações além de: Falta de Luz e Falta de cadeiras, mas foi através desses dois problemas que tiveram uma atenção da população voltada para eles. O mesmo pode ser feito na UEG, usar de isca esse problema para mostrar em época de eleição que esse jogo de governos estúpidos está acabando com a chance de o Estado representar algo além de agroindústrias para o mundo.
Enfim, reconheço que sei muito pouco sobre o assunto, mas eis minha opinião. Os alunos deveriam pensar que um dia seremos nós, trabalhadores qualificados que vamos desejar ter reconhecimento naquilo que decidimos nos empenhar, portanto a última coisa que pretendo é julgar o comportamento de nossos professores, pois eu consegui sentir sua decepção e entender seu constrangimento em meio a essas eternas crises de baixo-péssimo que temos. Claro que essa paralisação é de interesse deles, e claro que a arquitetura tendo maior número de professores de Goiânia ficou a frente disso. Cabe a nós pelo menos um pouco de compreensão, e aproveitar que temos professores empenhados para conseguir voz diante do governo e fazer com que nos escutem também.
Utópico? Ainda bem que a classe estudantil sempre se renova. Se não seríamos um grupo de pessoas conformadas que sempre seguiriam cegamente grupos estudantis que se julgam muito sábios em relação a como melhor criticar e criticar sem fim. Precisamos de saídas e comportamentos inteligentes. Extremismos, como eu vi na assembléia, do lado dos alunos ou professores só geram mentes alienadas que tomam decisões meio desajustadas e nunca ganharão força o suficiente para conseguir ter razão em debates públicos.
Agradeço desde já o pouco do esclarecimento recebido por meus exemplos de professores e alunos. E espero que contribuam com críticas, desejo me esclarecer mais, um ajudando o outro, com idéias que se complementam ou batem de frente umas com as outras. Afinal, somos alunos, sempre aprendendo e se renovando uns com os outros. É pra isso que o JORNAL A4 serve, para dar voz a TODAS as opiniões, COMPARTILHE A SUA: Se posicione contra ou a favor do que escrevemos aqui! Compartilhe, Contribua!
6 comentários:
Engraçado é ver como é conveniente para nossos tão prestativos professores paralizar quando algo lhes é tirado.
Não estou falando que não concordo com a paralização, nem dizendo que é justo eles terem de pagar para trabalhar, mas fato é que a UEG possui incontáveis problemas, muitos dos quais nos esbofetearam na cara, e nada eles fizeram para nos ajudar.
O que fica na cabeça, é porque nós agora temos que colaborar sendo que o problema não nos aflinge, aliás, aflinge, porque ,e por lei, nós não deveriamos pagar 200 reais para um onibús velho nos levar para a universidade, e sim o estado. E eu não vejo as aulas paralisando por conta disso. Aliás, eu vejo é um coordenador adjunto de professores decidindo em colegiado a diminuição da carga horaria aceita para estágio, impossiblitando nós alunos, que temos que pagar o ônibus pra estudar, de conseguir um estágio remunerado.
A verdade é que o egoísmo é a principal herança do capitalismo. Mas na lei do olho-por-olho, dente-por-dente, deveriamos nós EXIGIR a continuação das aulas.
É logico que o problema é bem mais embaixo, e provávelmente, se não houvesse a paralisação, nós perderiamos muitos dos nossos bons professores, como o Diogo. Mas fica registrado aqui a minha, e que acredito ser de boa parte dos alunos, insatisfação com a postura do corpo de professores da UEG, que em uma luta pelos direitos da nossa universidade, só entram em campo quando lhes convém.
Infelizmente creio que ambos tem certa razão no assunto. Mas assistindo as assembléias, tanto dos alunos, que já houveram, e assistindo as ultimas assembléias, onde estavam presentes os professores, percebi que o problema não é a paralização, ou as aulas, greve, ou problemas da UEG.
O problema nada mais é do que a falta de união das pessoas, tanto alunos como professores, acredito que nossos professores tem razão sim de quererem paralização por seus direitos, mas de que adianta fazer isso sem o apoio de todos?
De que adianta uma faculdade dividida?
Os alunos pararam de pensar, que sempre professores bons, somos NÓS os prejudicados, eles já são formados, e podem muito bem arrumar melhores empregos, caberia a nós, alunos que reclamamos e temos diversos pontos negativos com relação à nossa universidade, apoiarmos seriamente nossos professores, e fazermos algo para ajudá-los e nos ajudar também.
Falar para as aulas continuarem, quando não somos nós que trabalhamos de graça é fácil, reclamar dos diversos problemas de infra-estrutura e falta de organização da UEG é fácil, mas onde estão essas pessoas, quando precisamos de um movimento organizado, com questões bem definidas, mostrando que não somos simplesmente baderneiros, e sim estudandes, que realmente querem ter uma perspectiva de futuro melhor??
Qual tem sido o nosso papel diante a sociedade, fazendo-a conhecer nossos problemas?
Quas soluções temos buscado e quais atitudes temos tomado??
Porque sem ação, infelizmente nada será mudado, os professores estão tentando lutar por seus direitos, quem teria que lutar em nosso lugar?
Será que esta não seria a oportunidade perfeita, num ano de eleição, para fazermos algo, realmente organizado e mentalizado, para ganhar recursos para a UEG?
Somos tão diferentes assim dos alunos da UNB na luta pelos nossos direitos?
Eis aqui algumas perguntas que me faço, quando leio sobre esses debates referentes aos atuais problemas da UEG, e que nunca me foram respondidas...
A questão é exatamente essa, não quero dizer que todos professores são somente benfeitores, mas que nós devemos aproveitar da situação também, para deixar claro nosso APOIO e nossos próprios anseios também, em relação a paralização. Caso contrário, como disse a Jhennyfer, nunca teremos unidade e em nosso isolamento ficaremos sempre reclamando e reclamando sem atingir nenhum objetivo. Não podemos julgar os ideais de todos os professores por um ocmportamento de alguns, acredito que muitos professores ali se preocupam com os alunos e com suas necessidades sim e fazem o possível para mesmo com todas as dificuldade de infra-estrutura tentar prover o melhor ensino possível. MAS agora nem isso lhes é possível, uma vez que enfrentão dificuldades para chegar até o campus. É esse o meu ponto principal, podemos ter falta de salas de aula, falta de apoio em pesquisas, mas ainda temos como ir para a faculdade e nos dedicar e tentar fazer nosso possível para melhor nosso quadro: INDO ATRÁS DE NOVAS ALTERNATIVAS, PROMOVENDO NOVAS IDÉIAS E PROPOSTAS DE ENSINO. E não ficando calados e críticos céticos. Agora se não podermos nem ir à faculdade, não temos como fazer nossa parte, nem ter um pouco de fé nos nossos docentes.
Bom, sei que não é muito 'formal', mas eu estou meio que em cima do muro. Concordo quando dizem que os professores só se interessam em paralizar a faculdade, gerar mobilização quando o problema atinge diretamente eles, e também concordo que se houvesse um transporte registrado corretamente, teria que haver para os estudantes, já que isso é constitucional (diferentemente no caso dos professores, que não existe lei da constituição que rege o direito d transporte intermunicipal). Mas por outro ponto de vista, também concordo que não podemos deixá-los lutar sozinhos, já que dependemos diretamente deles, além do mais temos ótimos professores na UEG e devemos lutar para que estes permaneçam e deem pelo menos um alento a essa nossa faculdade que possui tantas lacunas.
Não estou afim de fazer um discurso a respeito do ocorrido, pois vejo que muita conversa foi lançada em vão. O que quero dizer aqui é que temos dois lados da história, o professor indepentende e livre para fazer suas escolhas e nós alunos presos à uma instituição controversa. Acredito que somos nós os principais prejudicados pelo fato, no entanto tenho corrido atrás de uma vida melhor por um bom tempo e acho injusto ficar a frente de uma luta que é de principal responsabilidade dos docente, já que o problema responsável pela paralisação é o corte do transporte goiânia-anápolis. É evidente que não ficarei parado, ao contrário farei aquilo que couber a mim. É um total absurdo o o ocorrido, porém a culpa não é dos docentes por optarem pela demissão, porém é estranho de se pensar que profissionais tão competentes e que suaram a camisa para conseguirem um diploma de bacharel, mestre, ou qualquer outra formação, simplesmente vão tirar o time de campo.
Só quero salientar aqui que é por coisas assim que os alunos da nossa 'Universidade' vêm desistindo aos poucos de seus cursos, comento isso ao observar a pouca quantidade de calouros de todos os cursos que existem em nossa unidade. Outro assunto também que acaba sendo interessante é a desvalorização dos profissionais que ali são criados pela própria 'Universidade', pois, grande parte dos alunos de arquitetura&URBANismo já estagia na área, e algumas empresas que contratam grande parte desses estagiários preferem dentre todos os profissionais os que são da UEG, sabem porque? Porque segundo eles os profissionais da Universidade Estadual de Goiás são alunos que buscam e costumam ser mais esforçados diferentemente das demais universidade, pois, ali estamos submetidos a tudo... a falta de estrutura, a falta de professores, a falta de bibliografias, a falta até mesmo de energia em algumas unidades... mais enfim, queria dizer apenas com tudo isso que cada dia que passa penso... 'Porque eu não aceitei a minha vaga na UFG?' Porque? Porque? Prefiro não pensar mais nisso, estarei aqui, lutando talvez pra UEG melhorar, mais acima de tudo, para que no futuro eu possa ser um melhor profissional, mesmo que a 'Universidade' não forneça recursos. É isso, espero que possamos através disso tudo que têm acontecido na UEG refletir o nosso papel perante a 'Universidade'.
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